segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Como entender Requião

Ao longo dos anos cultivo uma dúvida... qual o embasamento de quem vota em Roberto Requião? Não é questão de ser um bom governador ou não, mas o estilo. É do começo ao fim, do primeiro dia de campanha ao último dia de mandato, porrada e mais porrada. Requião tem uma fúria constante em sua mente que garante uma instabilidade constante em qualquer tipo de relacionamento com o peemedebista. Uma pergunta vista com bons olhos por ele hoje pode ser motivo de um surto, quase uma crise de pânico no dia seguinte. Ano após ano ele não muda. Uma mistura de inteligência com loucura. Menciona em seus discursos, muito bem construídos, filósofos que completam linhas de raciocínio normalmente fantásticas. Fala de economia com uma propriedade que, apesar de questionável por alguns, apresenta toda lógica de um entendedor do assunto. Por outro lado come mamona com a maior naturalidade na frente do presidente da república. Então quem vota no Requião coloca tudo isso na balança e acredita que vale a pena tolerar os surtos e ver muita gente pisando miúdo em sua administração? Acredita na carta de puebla? Não aprova a privatização? É contra o capital vadio? Gosta de ver o circo pegar fogo? Ou, talvez, tudo isso junto. 
Na sexta-feira Requião reuniu um grupo de apoiadores da sua candidatura dentro do PMDB e invadiu o diretório estadual. As portas do escritório estavam fechadas, o então presidente da executiva, Osmar Serraglio, havia decretado luto pela morte de Eduardo Campos, por isso as portas fechadas. Pois Requião armou uma tenda na calçada, na frente do diretório, reuniu os apoiadores e com a maioria simples necessária dissolveu a executiva. Entre os participantes da reunião estava um chaveiro, que coisa de um segundo e meio depois do desfechou abriu o escritório que foi instantaneamente invadido. Agora virou aquela balbúrdia. Pessuti na polícia de um lado. Serraglio na Justiça de outro. E quando achamos que tudo está uma bagunça e que é impossível tocar uma campanha com tantas frentes de batalha o homem ganha força. Na última pesquisa empate técnico com Beto Richa, que tem a maquina do governo nas mãos. 

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